Percorro espaços que não são meus
Em verdade, nada aqui me pertence
Assim como eu pertenço a nada
O que me enlouquece
Em paralelo, aquece:
Não ter responsabilidade sobre o ser
Não sofrer por aqui não caber
E eu sou toda invasão dos outros
Busca incessante de identidade de mim
Em pequenas frestas esquecidas,
Abertas.
Invado sem escrúpulos:
Suas roupas
Seus gestos
Seu cabelo
Tudo o que não é meu
Certa que sou de que não há nada aqui há tempos,
Me debruço em fantasias
Sem remetentes,
Que me comovem em sutis lembranças
Do que não mais é.
Não decifro.
Não desenrolo.
Só desaconteço.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Alhures
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5 comentários:
Lindo Feu!
Esse virou musica sabia? Rs! Vou tentar lembrar!
=***
so desaconteco... bravo!
Adorei!
Muito bom mesmo!!!
Lindooo poema!
gostei!
boa semana,beijos!
antes que a terça se torne de jeff, deixa eu comentar: eu adoro fêu, qdo vc escreve suas poesias...
"desaconteço" ..adorei essa palavra feu!!
bjosss
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