sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Alhures

Percorro espaços que não são meus
Em verdade, nada aqui me pertence
Assim como eu pertenço a nada
O que me enlouquece
Em paralelo, aquece:
Não ter responsabilidade sobre o ser
Não sofrer por aqui não caber
E eu sou toda invasão dos outros
Busca incessante de identidade de mim
Em pequenas frestas esquecidas,
Abertas.
Invado sem escrúpulos:
Suas roupas
Seus gestos
Seu cabelo
Tudo o que não é meu
Certa que sou de que não há nada aqui há tempos,
Me debruço em fantasias
Sem remetentes,
Que me comovem em sutis lembranças
Do que não mais é.
Não decifro.
Não desenrolo.
desaconteço.

5 comentários:

acende um versinho disse...

Lindo Feu!
Esse virou musica sabia? Rs! Vou tentar lembrar!
=***
so desaconteco... bravo!

Unknown disse...

Adorei!
Muito bom mesmo!!!

Jeniffer Santos disse...

Lindooo poema!
gostei!
boa semana,beijos!

Anônimo disse...

antes que a terça se torne de jeff, deixa eu comentar: eu adoro fêu, qdo vc escreve suas poesias...

Fernanda Félix disse...

"desaconteço" ..adorei essa palavra feu!!
bjosss