quinta-feira, 27 de março de 2008

"Oh boa noite pra quem é de boa noite, oh bom dia pra quem é de bom dia!"


Seu Chico, que coincidência, estava lá também. Nunca imaginei encontra-lo em uma situação tão inusitada, batendo palma em festa de Cabloco. Pois é. Seu Chico era homem de pouca ação, de pouco sonho, de pouco dinheiro, mas tinha algumas qualidades, das quais se ressentia e queixava, por exemplo, ser sensivel. Nesse dia, em que apareceu no terreiro foi morrendo de medo das entidades perceberem a sua vulnerabilidade e descerem nele para dar recado ou aproveitar a festa. Depois de muita insistencia da sua senhora ele decidiu arriscar-se, a comida de graça valia o esforço. Sandalia no pé, subiu o morro, melou-se no barro. Encheu a barriga e rodou sorrindo no salão, sentindo os calafrios no corpo, cada cabloco em um poro.

Um comentário:

cicero disse...

outro dia um cara tava me explicando q a gente eh formado de nao sei qtos porcento de agua. e que se a gente ficasse esfregando a borda de uma panela cheia de agua durante um tempo, que a agua iria entram em vibração e ia fazer tantas onda q ia pular qse q toda pra fora da penela. Aí depois ele mandou eu imaginar o efeito de um bucado de tambor sincronizado agitando as moleculas de agua de um cara.
eu ainda assim prefiro acreditar nos caboclos, e ainda tenho como meus maiores medos espírito, ET e barata, nessa ordem.